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Você conhece o Reassentamento Mariana?

Terça-feira 26, Julho 2011

A responsabilidade da Investco

 

Com a implantação e operação da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães - Lajeado, além de energia, a Investco proporcionou melhores condições de vida aos moradores relocados com a formação do reservatório através da execução de um Projeto Básico Ambiental que promoveu o reassentamento das famílias impactadas. A escolha da terra para o reassentamento exigia sérios critérios determinados no Projeto Ambiental, considerando fertilidade, disponibilidade de água e localização, entre outros pontos. Uma das terras adquiridas, com 490 hectares, a 30 quilômetros do centro de Palmas foi chamada de Reassentamento Mariana, onde foram relocadas 13 famílias que moravam  no entorno de Palmas.

 

Estas famílias foram relocadas e devidamente assistidas, antes, durante e após o processo de mudança. Os moradores tiveram participação direta na escolha das áreas e dos locais das construções das casas e na escolha dos modelos das residências construídas. Todas as mudanças foram realizadas com acompanhamento social.

 

A escolha do reassentamento Mariana também se deu devido a sua localização, que facilitou aos moradores do reassentamento o acesso ao sistema de saúde pública. Outro ponto que contribui para a crescente evolução do reassentamento é o transporte público, que passa na porta da casa dos moradores do reassentamento Mariana. Dona Maria Aparecida Rodrigues, que vive no reassentamento desde 2001, orgulhosa, explica que "com a mudança, a gente teve acesso aos ônibus, então eu pude continuar os estudos e vou me formar no fim do ano."

 

A vida antes

 

Parte desta comunidade não tinha imóvel próprio. Eram ocupantes, isto é, viviam e trabalhavam da terra como empregados, ou agregados. Suas moradias eram de adobe e chão batido, com cobertura de palha e não possuíam infra-estrutura e saneamento.

 

Para adequação desta comunidade à nova realidade, a Investco implementou vários cursos de capacitação, bem como assistência técnica por cinco anos, promovendo a adaptação da comunidade à nova realidade, o desenvolvimento e capacidade de gerar renda no reassentamento.

 

Os imóveis

 

As moradias do Reassentamento rural Mariana, foram construídas em alvenaria, com toda infra-estrutura necessária: energia elétrica, água encanada e fossas sépticas. Os moradores realizaram o sonho de serem proprietários de suas próprias terras, com áreas entre quatro e 21 hectares. Além disso, todos os imóveis possuem também uma área de reserva legal, devidamente regularizada. No Mariana, todos os imóveis possuem registro, que garantem a propriedade da terra e tranqüilizam os moradores.

 

Os projetos das residências foram escolhidos pelos próprios moradores, de acordo com a composição familiar, além de possuírem cozinhas externas, típicas de imóveis rurais.

 

O solo foi limpo e preparado, com a correção da acidez, para atividades agrícolas e foi implantado um sistema de drenagem, para garantir as condições da terra no período chuvoso. Também foram fornecidas sementes e adubos, com o objetivo de garantir a produção. A Investco ainda executou um eficiente sistema de irrigação.

 

Os reassentados puderam acompanhar os trabalhos na terra e optar como gostariam que ficasse a estrutura do imóvel.

 

Capacitação

 

A capacitação oferecida visava preparar os moradores para utilizarem os equipamentos e técnicas fornecidos para a nova forma de plantio. A Investco, através de uma gestão participativa junto aos moradores, formou grupos, de acordo com as aptidões das atividades que poderiam ser desenvolvidas.

 

Um dos destaques foi a formação do grupo dos olericultores - agricultura de hortaliças. Os moradores também foram capacitados e receberam, através de apoios e convênios, equipamentos para a produção de frutas, tanto in natura, quanto polpas congeladas.

 

Um sistema agroflorestal garante a matéria prima durante todo o ano e ainda colabora para a preservação do meio ambiente. As agroflorestas do reassentamento ficaram conhecidas e atraíram parceiros, que colaboram com a produção de alimentos.

 

E agora?

 

Atualmente, as famílias do reassentamento, vivem uma historia de sucesso. Através da Associação Rural dos Olericultores Mariana, tocam o projeto de geração de renda.

 

Hoje, as famílias vendem o produto das hortas nas feiras da cidade, o que garante parte da renda das famílias. Outra atividade que está se consolidando é a venda de polpa congelada de frutas. O tradicional açaí é o carro-chefe da produção, que também conta com acerola e cajá, entre outras frutas típicas. No momento, o processo de produção está em fase de certificação de qualidade que, quando obtido, possibilitará aos moradores vender as polpas para qualquer tipo de mercado.

 

Também é feita no reassentamento, em uma casa de mel, a produção e venda de mel de abelhas, que traz saúde, renda e ainda aumenta a produção de frutas, graças à polinização feita pelas abelhas. Da mesma forma, os moradores trabalham com a produção de mudas de árvores nativas, cana-de-açúcar, arroz, milho e mandioca.  Em pequena escala, mas também relevante, existe a criação de pequenos animais, como galinha caipira, suínos e gado, que complementam os recursos financeiros dos moradores.

 

Dentre as benfeitorias comunitárias construídas pela Investco, está o Centro Comunitário - CC, que abriga a sede da Associação dos Olericultores do Reassentamento Mariana. O CC também é utilizado para encontros, comemorações e reuniões da comunidade.

 

Seu Getúlio dos Santos foi um dos pioneiros do Reassentamento Mariana e ao ser perguntado se está satisfeito com o reassentamento, não teve dúvidas: "a gente ama esse lugar e todo mundo tem orgulho de morar aqui."